Soft Farming integra o Green Land Blue Planet e pretende promover o cultivo local de vegetais e frutos nas áreas pavimentadas das cidades tais como: coberturas dos pédios, varandas, terraços, patios, paredes interiores ou exteriores vazias, parques urbanos, ... aumentando a autonomia das cidades em relação ao fornecimento de frutos e vegetais frescos. A tecnologia evolui diáriamente no sentido de melhorar as nossas condições de vida, tornando mais simples e fácil o que outrora era complicado e díficil, a agricultura não está excluída desta evolução. Atualmente encontramos plataformas de cultivo altamente eficientes, sensores que permitem a gestão eficiente e automática do fornecimento de água e nutrientes, iluminação ultravioleta para estimular o crescimento das plantas, … pelo que não faz sentido continuarmos a encarar a agricultura de subsistencia como os nossos avós a encaravam, tudo pode ser mais simples e automático.
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Produzir o próprio alimento
Permite saber o que realmente come, escolher o quê e como quer produzir, selecionar o momento de colheita que melhor se adequa às suas necessidades, plantar uma pequena reserva de alimentos para uma eventual emergência.
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Bem estar pessoal
Quando devidamente dimensionada, estruturada e automatizada, a atividade de cuidar de plantas (horta) é uma atividade de lazer, acessível a praticamente todas as idades (dos 4 aos 104 anos), envolvente, gratificante e muito repousante.
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Proteção ambiental
Se a produção de alimentos em espaço urbano for suficiente para evitar o aumento ou mesmo reduzir as áreas de solo dedicada à sua produção intensiva, será mais fácil manter e/ou aumentar áreas naturais, áreas de floresta e áreas dedicadas à vida selvagem.
Pretendemos tornar possível levar a horta para a cidade, utilizando as zonas urbanas disponíveis como varandas, telhados, pátios, ruas, parques, etc., para produzir alimentos de forma simples e eficiente, retirando o máximo partido da tecnologia existente, que permite o controlar os fatores de produção necessários: o substrato, a água, a luz e os nutrientes. Fazemo-lo de forma apelativa e divertida, com a ajuda de três personagens de ficção a Rosemary. o Oregano e o Botrytis, mas não se iluda: este tema é bastante sério e importante.
A produção individual de alimentos em espaço urbano pode contribuir para a sustentabilidade global:
tornar as cidades mais verdes e consequentemente mais capazes de reter CO2, tirando partido das áreas urbanas disponíveis para o cultivo de plantas;
gestão eficiente da água necessária à produção, com claras economias em relação à agricultura convencional. A agricultura em espaços confinados permite uma melhor precisão da irrigação e, simultaneamente, a redução de perdas resultantes da evaporação ou de capilaridade. A eficiência neste tipo de sistemas pode ser superior a 90% (quantidade de água aproveitada pela planta em relação ao total de água utilizada);
evitar a instalação de barreiras ou a colocação de armadilhas para animais, como coelhos, javalis, veados, melros, etc., nas áreas rurais onde estes animais ainda sobrevivem em estado selvagem;
redução do desperdício, já que diversas plantas (como alface, rúcula, acelga, agrião, espinafres, etc.) permitem várias colheitas antes da floração, algo que só é viável se a produção se encontrar bastante próxima do local do consumo. A proximidade permite reduzir o desperdício;
redução do lixo resultante da menor necessidade de embalamento, pois com o Soft Farming os produtos são colhidos à medida que forem sendo consumidos, não necessitando de qualquer embalamento;
maior densidade de plantação, com evidentes vantagens na otimização do espaço – uma vez que, em plataformas de cultivo de fácil acesso, os trabalhos de manutenção resultam mais simples, permitindo aumentar a densidade;
o controlo e redução da utilização de pesticidas, mitigando a contaminação dos solos e, consequentemente, a contaminação das águas pluviais. Redução de pesticidas, uma vez que a diversidade de culturas e a reduzida dimensão das Soft Farming permite uma menor incidência de pragas;
redução a praticamente zero do uso de herbicidas, uma vez que a maior densidade de cultivo, a grande facilidade nas tarefas de mondar e a utilização de plataformas confinadas praticamente anula a existência das ervas daninhas;
aumentar a diversidade genética. Havendo uma maior quantidade de agricultores, existirá certamente uma maior diversificação nas sementes e culturas selecionadas, aumentando desta forma a resistência em relação a pragas e efeitos climatéricos adversos;
a diversificação do risco, no que respeita a uma eventual escassez de alimentos por razões politicas, económicas ou de catástrofes naturais;
alívio da pressão para que áreas naturais, de floresta ou de preservação da vida selvagem sejam reduzidas para dar lugar a zonas de cultivo intensivo de alimento;
redução da utilização de adubos, quer devido a uma maior taxa de aproveitamento do adubo pelas plantas, quer por ser mais simples adicionar composto orgânico (totalmente compostado);
utilização dos recursos disponíveis nas cidades para a produção de alimentos (recursos humanos, desperdícios orgânicos para produção de composto, águas pluviais recolhidas nos telhados, energia, áreas pavimentadas abandonadas e/ou não aproveitadas, proximidade, etc.);
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